Este artigo é um resumo da participação de João Bernardo Vieira, jurista e pesquisador guineense, na Reunião Anual da Associação de Estudos Africanos, realizada em 12-14 de dezembro de 2024, no Chicago Marriott Downtown Magnificent Mile, em Chicago, Illinois, EUA. Durante o evento, Vieira apresentou seu trabalho intitulado “Guiné-Bissau: Da Libertação à Crise – Navegando Legados Coloniais, Instabilidade Política e o Caminho para a Renovação”.

Temas Abordados na Apresentação

Na sua apresentação, João Bernardo Vieira fez uma avaliação das estruturas governamentais que emergiram na era pós-independência da Guiné-Bissau, discutindo a fragmentação política, a dependência econômica, as fraquezas institucionais e os caminhos para o futuro. Ele destacou que “esta é mais uma oportunidade sublime para compartilhar experiências, desafiar perspectivas e promover a colaboração nas diversas áreas do conhecimento”, expressando sua convicção de que, nos próximos 50 anos, a Guiné-Bissau será conhecida como o país das “REFORMAS E REALIZAÇÕES”.

Desafios e Oportunidades

Vieira enfatizou a importância de acreditar, lutar e vencer, mencionando que muitos professores e investidores americanos têm se interessado pela Guiné-Bissau e continuam a pesquisar e escrever extensivamente sobre o país. Ele abordou os desafios históricos e contemporâneos que a Guiné-Bissau enfrenta, com foco nas legados duradouros do colonialismo e na instabilidade política que moldou a trajetória da nação.

Resumo do Trabalho Apresentado

O trabalho de Vieira examina criticamente os desafios que a Guiné-Bissau enfrenta, destacando a exploração socioeconômica e a marginalização cultural durante o domínio colonial português. Ele analisa o movimento nacionalista liderado por Amílcar Cabral e o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), elucidando as ramificações socioeconômicas e culturais da colonização.

O estudo revela que as repercussões do colonialismo continuam a influenciar significativamente a dinâmica política e as vulnerabilidades econômicas da Guiné-Bissau. O trabalho conclui com recomendações para reformas, enfatizando o papel crítico da identidade cultural, mobilização de base e sociedade civil na promoção de uma governança democrática inclusiva.

João Bernardo Vieira concluiu que, apesar dos desafios, a Guiné-Bissau tem o potencial de construir um futuro mais resiliente e autossuficiente. Ele ressaltou a importância de aprender com a história e de engajar-se em processos de reforma que sejam fundamentados na identidade cultural e que promovam a coesão social. A participação ativa da juventude e o apoio a parcerias internacionais são essenciais para o progresso do país.

A participação de João Bernardo Vieira na Reunião Anual da Associação de Estudos Africanos destaca a relevância contínua da Guiné-Bissau no cenário internacional e a necessidade de um diálogo construtivo sobre seu futuro.